Deixe-me explicar por que.
Em termos evolutivos, uma taxa de mortalidade decrescente é um indicador negativo das chances de uma espécie de sobrevivência a longo prazo. Se nossos negócios estão morrendo mais rapidamente, estariam nossos modelos de negócios desaparecendo por completo?
Utilizando o exemplo de empresas duradouras e saudáveis, diferentes estudos são quase unânimes em suas descobertas:
Essas empresas são:
1. Tolerantes, curiosas e criam espaço para idéias;
2. Sensíveis às mudanças sociais e ambientais;
3. Livres, independentes e de mente aberta em relação às suas medições financeiras;
4. Suportadas por moral, valores, cultura e visão fortes.
O que essencialmente resume-se a:
1. Inovação;
2. Propósito;
3. Inovação;
4. Propósito.
Podemos então supor que o propósito é tão importante quanto a inovação na obtenção de desempenho permanente nas organizações.
Caso você esteja se perguntando, o lucro não foi encontrado nas descobertas. Na verdade, há evidências para sugerir que as organizações que buscam lucros acima de tudo falham mais rápido. Um estudo acompanhou a presença do "ganho do acionista" nas declarações de missão das empresas, e registrou uma tendência correspondente a uma sepultura precoce.
O teórico de negócios Arie de Geus resume lindamente em seu livro, The Living Company: "Há evidências acumuladas de que as corporações falham porque o pensamento predominante e a linguagem da administração são muito baseados no pensamento dominante e na linguagem da economia. Os gerentes se concentram na atividade econômica de produzir bens e serviços e esquecem que a verdadeira natureza de sua organização é a de uma comunidade de seres humanos..."
Então, como o papel de um Chief Purpose Officer pode afetar todos os níveis de estruturas capitalistas para criar a mudança necessária?
O consumidor se importa. Em 2014, a BBMG e a Globescan publicaram The Aspirationals, fornecendo evidências claras e convincentes de que o maior grupo de consumidores e também que cresce mais rápido não apenas se importa - 95% usará voluntariamente seu poder de gastos para impulsionar a mudança social.
Os talentos exigem. Recrutadores competindo para contratar os melhores talentos estão ouvindo algo que nunca ouviram antes nas entrevistas - "O que você representa?" - Valores e impacto agora possuem taxa igual ou maior em importância do que salário e pacote de benefícios como fatores-chave de tomada de decisão dos líderes de amanhã.
Pensar no coletivo dá retorno. Reverter a reputação de salários excessivos e interesse próprio vai tomar tempo, mas há um vislumbre de que pensar no coletivo está dando retorno em todos os lugares, do Facebook à Unilever. Do mais velho ao mais novo, do maior ao menor, há uma tendência em alta de se fazer dinheiro como consequência de se fazer a diferença.
Acionistas mudam. Atrás de cada justificativa para contravenções corporativas está a sombria desculpa de interesses dos acionistas. À medida que nos aproximamos do primeiro fundo ético bilionário no mercado, e graças à performance de empresas éticas de investimento como Alquity and Kames, mercados éticos estão não só estáveis mas em contínuo crescimento.
Assim como as coisas já escorregaram antes, parece que estão escorregando novamente, desta vez na direção certa e em todas as camadas das nossas estruturas econômicas. Todos tem autonomia, oportunidade e chances de provocar a mudança.
Então, estou eu defendendo uma utopia patrocinada por moda? Não, mas estou sim defendendo que todos nós temos uma papel a desempenhar, consumidores têm escolha, funcionários têm opção, líderes tem precedentes e todos têm acesso à informação e à ferramentas de transparência.
Eu vejo a oportunidade para uma mudança de paradigma, onde nós podemos mudar do velho paradigma: vender as mesmas porcarias, culpar os acionistas, pagar por funcionários e explorar os pobres e/ou o meio ambiente, para o novo paradigma: necessidade de foco, gestão pela cultura, liderar por propósito, aproveitar a diversidade.
Em qualquer nível de negócios, o que se faz necessário é liderança. Este movimento e momento precisa de um Diretor de Propósito. No entanto, este cargo ainda não existe; então, já tendo apresentado meus argumentos do porquê ele é necessário, eu estou entregando o caso para que você faça lobby por ele, se dedique a ele, contrate por ele e dê início a esse processo. Eu iniciei uma descrição do cargo, o resto está por sua conta!
Descrição de Cargo: Chief Purpose Officer – Diretor de Propósito
Aumentar a performance da sua organização a longo prazo, alinhando os valores dos clientes, dos times e dos objetivos estratégicos do negócio para criar impacto positivo mensurável e duradouro, além de lucro.
Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/chief-purpose-officer-sam-conniff
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