Recentemente assisti uma palestra proferida por Robin Chase , fundadora da Zipcar, uma das empresas ícones da economia compartilhada. Ela citou uma frase do Prof. Banny Banerjee , da Universidade de Stanford , que tem reverberado em minha cabeça desde então: "Não dá para resolver problemas exponenciais com soluções lineares". Ela exemplifica alguns desafios que se encaixam nessa premissa. Dentre eles está a questão do aquecimento global . É impossível conter o aquecimento superior a 2 C com adoção de soluções lineares.
Extrapolando para o setor saúde, esse conceito se encaixa perfeitamente. Garantir acesso e assistência efetiva e com qualidade é um desafio tanto para países desenvolvidos quanto para nações em desenvolvimento. É impossível manter o modelo vigente de atendimento linear. Buscar conciliar novas formas de prestação de serviços com uso intenso de novas tecnologias é mais do que uma tendência. Na verdade trata-se do modelo que prevalecerá nos próximos anos. Prova disso reside no sucesso de iniciativas como Oscar Health que está revolucionando mercado de seguradora de saúde nos EUA , através da utilização de tecnologia , dados e redesenho de processos. (www.hioscar.com).
O conceito de Medicina Exponencial vem sendo intensamente difundido pela Singularity University (SU). Fundada em 2008 no parque de pesquisas da NASA, a SU é um think tank que oferece programas educacionais e também é uma incubadora de tecnologias exponenciais. Dentre as principais oportunidades em Medicina Exponencial estão:
Soluções disruptivas que contemplem essas tendências serão cada vez mais incorporadas aos sistemas de saúde a nível global.
Paulo Magno do Bem Filho, é médico, mestre em Medicina, pós-graduado em gestão em saúde. Atua na área de promoção da saúde, gerenciamento de doenças crônicas e inovação da atenção à saúde. Co fundador da Sixty Labs, soluções em Medicina Exponencial. #saude