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Por mais mulheres e meninas na ciência

No Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, apresentamos duas cientistas brasileiras que venceram o machismo e conquistaram seu lugar em uma área ainda predominantemente masculina


Se a primeira coisa que vem à tua cabeça quando tu pensa em um cientista é a imagem de um homem em um laboratório, tá na hora de rever seus conceitos. Se pra ti é comum lembrar de nomes como Albert Einstein, Leonardo da Vinci e Stephen Hawking, este conteúdo especial que produzimos para o Dia das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado em 11 de fevereiro, vai te ajudar a reconstruir teus paradigmas. Dale?


Rosalind Franklin descobriu a dupla hélice do DNA. Nettie Stevens, os cromossomos X e Y. Marie Curie, a radioatividade. E, mais recentemente, durante a pandemia da Covid-19, as brasileiras Jaqueline de Jesus e Ester Sabino foram responsáveis por sequenciar o genoma do vírus causador da Covid-19. A lista de mulheres que deram um chega pra lá no machismo e geraram grandes contribuições para o desenvolvimento das ciências é grande.


Porém, é fato que precisamos ampliar a participação feminina na ciência: só 28% das pesso


as que fazem pesquisa em todo o mundo são mulheres, segundo dados da Unesco, agência da Organização das Nações Unidas (ONU). Foi pensando em dar mais visibilidade à presença feminina nas áreas científicas e aos esforços necessários para alcançar uma participação mais igualitária que a Unesco criou, em 2016, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro.



E pra celebrar a data, hoje a gente compartilha contigo a história de duas mulheres cientistas indicadas pelas pessoas que nos seguem no Instagram. Dale conhecê-las agora:



Bibiana Matte, pesquisadora em biologia molecular e engenharia de tecidos

“Sou cirurgiã dentista e doutora em patologia bucal pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Minhas pesquisas têm como foco a biologia molecular e a engenharia de tecidos, com o objetivo de entender as doenças e a saúde a partir de células isoladas e tecidos que a gente reconstrói.


Hoje atuo em duas iniciativas. Uma é um modelo de pele utilizado para fazer testes de cosméticos, uma tecnologia alternativa ao uso de animais. E a outra utiliza essas mesmas tecnologias de cultivo de células para desenvolver um ingrediente alimentício: a gordura cultivada suína.


Meu interesse na ciência começou ainda na graduação, a partir do contato com um professor que contou sobre sua trajetória de pesquisa. Logo no início da faculdade já busquei a iniciação científica e participei do Programa Ciências sem Fronteiras, pelo qual passei um ano em Michigan, nos Estados Unidos. Segui com o doutorado e sempre com foco em trabalhar com pesquisas que tivessem uma aplicação prática no mercado.


As equipes com as quais trabalho são totalmente femininas, e essa interdisciplinaridade que conseguimos trazer entre as mulheres é muito importante quando a gente pensa em pesquisas. Essa data nos faz pensar em formas de desenvolver mais esse lugar científico, pesquisador e crítico dentro das meninas e mulheres.”



Priscila Miehe, mestre em ciência da computação e diretora de dados da healthtech hygia saúde


“Quando eu comecei a explorar o campo acadêmico da ciência, meu objetivo inicial não era me tornar um cientista de dados. Eu queria obter um mestrado em Ciência da Computação, especificamente na área de engenharia de software, para trabalhar em uma multinacional e depois mudar para o exterior.


No entanto, as coisas não saíram exatamente como eu planejei (o que foi muito bom pra mim). Me inscrevi para o programa de pós-graduação em ciências da computação na PUC e fui chamada para uma entrevista. Os professores que me entrevistaram eram especialistas em banco de dados e inteligência artificial, e notaram meu desempenho excelente na graduação na área de IA. Eles, então, propuseram me recrutar para trabalhar em uma pesquisa para uma multinacional.


Embora não fosse a área que eu tinha imaginado, decidi aceitar a oportunidade. Durante os dois anos do programa, eu me aprofundei nos conceitos e algoritmos de inteligência artificial e hoje, como profissional da área, vejo a importância da ciência na transformação social e tecnológica na sociedade.


Sobre a data, desde antigamente, as mulheres têm desempenhado um papel fundamental na evolução da humanidade em diversas áreas, incluindo os avanços científicos e tecnológicos. Elas sempre tiveram um papel importante na criação e desenvolvimento de ferramentas, cálculos e processos essenciais em muitas áreas, e cujos impactos positivos ainda podem ser sentidos hoje.


Aproveito para sugerir o filme Radioatividade, que conta a história da primeira cientista mulher. É importante incentivar as mulheres e meninas a ingressarem em áreas como tecnologia para que a revolução digital tenha celeridade e inteligência. Além disso, áreas inclusivas e diversas tornam o futuro um lugar mais justo para todos.”





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Descrição da imagem: card em tons de azul com uma foto em preto e branco de uma mulher de cabelos curtos e óculos à frente de um microscópio. Em destaque, o texto "11 de fevereiro, Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Conheça duas cientistas brasileiras pra te inspirar!"

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