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Procuram-se mulheres na TI

Ainda há menos mulheres que homens nas áreas de Exatas e, especialmente, de tecnologia. Neste Dia das Mulheres, te convidamos a refletir sobre isso e sobre o que precisamos fazer pra mudar essa realidade



A tecnologia está em todos os aspectos da nossa vida, do trabalho à forma como nos divertimos, passando pelas compras, saúde, finanças e por aí vai. Seria de se imaginar, portanto, que essa é uma área de atuação que oferece oportunidade para ambos os gêneros. Afinal, só no Brasil, o setor de tecnologia vai precisar, até 2025, de pouco mais de 540 mil profissionais, segundo estimativa da Brasscom, associação de empresas de tecnologia. 





Mas a realidade, como provavelmente você já sabe, é bem diferente quando falamos sobre a participação feminina na TI.


A presença de mulheres nas áreas de Exatas e, especialmente, de tecnologia, vem sendo negligenciada há anos. Embora o primeiro programa de computador tenha sido criado por uma mulher - Augusta Ada King, em 1843! - elas ainda precisam lutar pra ter espaço nesse mercado em rápida evolução. 


Hoje, 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, trazemos nesse conteúdo alguns dados sobre o tema para reflexão:


  • A participação feminina no mercado de tecnologia cresceu 60% nos últimos cincos anos, passando de 27,9 mil mulheres para 44,5 mil em 2020.


  • Apesar disso, as mulheres representam, em média, 31,7% dos cargos em TI no Brasil. 


  • Em 64,9% dos casos, as mulheres são no máximo 20% das equipes de trabalho em tecnologia. 


  • 36.300 mulheres formadas na área buscavam colocação no mercado de trabalho em 2019.



As razões pra explicar esses dados são inúmeras. Elas começam ainda na infância, quando meninas são menos incentivadas a estudar exatas que os meninos. É o que diz o estudo “Meninas curiosas, mulheres do futuro”, da Força Meninas, plataforma de formação de meninas até 18 anos para atuação nas áreas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). O relatório aponta que existe uma falta de visibilidade para o tamanho do problema em relação às crianças. 62% das meninas não conheciam nenhuma mulher que trabalhasse numa área STEM.  

E sabemos que ainda existem muitos estereótipos de gênero envolvidos aí. Quer um exemplo simples? É por meio das brincadeiras ditas "de meninas" que os interesses e habilidades são moldados ainda na infância, reforçando que as mulheres pertencem às atividades do lar e do cuidado e os homens, ao mundo. 


Além dos estereótipos, a violência de gênero é outro fator chave. As razões para a evasão escolar de meninas costumam estar ligadas a gravidez precoce (23,8%) e afazeres de casa e de pessoas (11%), especialmente entre as mais pobres, de acordo com dados do PNAD/IBGE 2020. 


Que baita desafio temos pela frente, hein?


Mas olha só: a promoção da diversidade de gênero na TI não é apenas uma questão de justiça social. É também uma necessidade estratégica. Múltiplos estudos mostram que a diversidade de pensamento leva a soluções mais inovadoras e melhores resultados nos negócios. Ter mulheres na TI não é apenas sobre igualdade, mas sobre potencializar o talento humano em toda a sua diversidade.


No nosso braço de tecnologia e negócios, a FOURGE Tech, uma das metas é ampliarmos a participação feminina, hoje representada pela Jaíne Marin. Ela acredita que algumas das razões pelas quais há menos mulheres trabalhando com tecnologia são os estereótipos de gênero, a falta de representatividade e de incentivo à inclusão e diversidade, além da percepção de que mulheres teriam menos capacidade intelectual para a tecnologia. “Por tudo isso, precisamos apoiar e criar ações que incentivem a inclusão de mais mulheres na área, como campanhas de conscientização desde a infância, programas de mentoria e suporte, criação de ambientes mais inclusivos e diversos. Acredito também que seja muito importante desenvolver a segurança, autoeficácia e autoconfiança nas mulheres em relação a área da tecnologia”, comenta a Jai.


E a gente concorda com tudo isso que ela disse, viu?


É fundamental, sim, incentivar as mulheres desde cedo a explorar carreiras em tecnologia, desconstruindo a ideia de que essas áreas são exclusivas para homens. Projetos e programas educacionais que visam encorajar meninas a se envolverem com STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) desempenham um papel crucial nesse processo.


Além do incentivo educacional, é imperativo criar ambientes de trabalho inclusivos e equitativos. Isso não apenas envolve a contratação, mas também o desenvolvimento profissional contínuo, oferecendo oportunidades iguais para mulheres avançarem em suas carreiras na TI.


O caminho para uma representação mais justa das mulheres na TI exige não apenas a quebra de barreiras educacionais, mas também uma mudança cultural. É hora de reconhecer e desafiar os estereótipos de gênero que limitam o potencial das mulheres na tecnologia. No mundo da TI, o talento não tem gênero, e as oportunidades devem ser acessíveis a todos, independentemente do sexo. 









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