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Propósito e a busca pelo ikigai.

Atualizado: 24 de nov. de 2021

Douglas Nascimento, assistente de liberação/staff da Unimed Juiz de Fora, conta em depoimento como foi a experiência de vivenciar a transformação conduzida pela equipe da FOURGE


Os japoneses têm um jeito bastante peculiar de alcançar uma vida longa, feliz e saudável: o ikigai. Sem tradução literal para o termo, o mais próximo que podemos chegar de uma explicação é a descrição feita por Ken Mogi, autor do livro "Ikigai: os cinco passos para encontrar seu propósito de vida e ser mais feliz": ikigai é a sua razão de viver. É o motivo que te faz acordar todos os dias. É o seu propósito.


Foi esse conceito japonês um dos rituais escolhidos pela equipe de hackers da FOURGE para promover a transformação da equipe da Unimed Juiz de Fora, em Minas Gerais. Por meio da mandala de modelos de gestão, foi possível conectar as dimensões de ambiente, processos, estratégia e liderança ao senso de propósito individual e coletivo da organização, que vivenciou todo esse processo.


Quem conta essa história é o Douglas Nascimento, assistente de liberação/staff da operadora de Saúde, no depoimento abaixo:


“Era o final do ano de 2015 e começamos a receber alguns e-mails aleatórios falando de um movimento chamado 'Bota pra quebrar' que ia acontecer na Unimed Juiz de Fora. Isso despertou a minha curiosidade logo de cara.


Quando a equipe da FOURGE enfim apareceu, chegaram literalmente, botando pra quebrar: vieram com tambores, uma batucada daquelas, com as lideranças junto. Eu estava em outra unidade na época e comecei a receber mensagens e vídeos no meu celular, até que alguém contou que era a esperada estreia do 'Bota pra quebrar'.


Mas a gente não sentiu que aquilo era uma invasão, como algumas vezes as pessoas pensam sobre o trabalho de consultorias. Aliás, eu nem pensava em nada, porque até então não tinha sido convidado pra participar de nenhum processo de consultoria na Unimed. Mas quando o time de hackers começou a trabalhar com a gente, já dava pra ver que ia ser diferente. Parecia que era um time novo de colegas de trabalho para quem a gente tinha de ensinar as atividades.


Então abriram o processo seletivo para o Ikigai e, mais uma vez, fiquei curioso. A cultura anterior da Unimed era que processos seletivos eram voltados para promoção de cargo. Se você era assistente, passava pra analista. Se era analista, pra coordenador - e por aí vai. Resolvi me inscrever e logo descobri que esse processo seletivo era diferente. Era um convite para a mudança de cultura e um acelerador de ideias.


Eu confesso que teve gente que desanimou e pulou fora. Mas eu já tinha sido fisgado. Quando cheguei e tive o primeiro papo com o Duda (Eduardo Lopes, líder de comunicação e produtos da FOURGE), ele me perguntou qual era o meu ikigai. E eu tinha pesquisado antes pra ver o que isso significava, fiz minha lição de casa. E eu já sabia que o meu ikigai era ajudar as pessoas da melhor maneira possível, ensinando-as o que eu sabia para também aprender com elas nessa troca.


Eu tive esse estalo porque lembrei que, aos 18 anos, antes de começar a trabalhar, eu dei aulas particulares para uma criança de uns 9 anos e para um senhor de 60 e poucos que também estava estudando. No fim do ano, a criança conseguiu avançar de série e o senhor conquistou o seu diploma do supletivo. E eles ficaram muito agradecidos, mas quem sentiu mais gratidão fui eu. E o processo do ikigai da FOURGE me fez relembrar tudo isso pra entender que o meu propósito é justamente isso: ensinar outra pessoa para aprender com ela.


Hoje eu levo esse propósito pra vida. Todas as atividades das quais eu participo na Unimed tem de estar conectadas a ele, e eu faço uma autoavaliação constante disso. Se algo que estou fazendo não está alinhado com esse propósito, eu logo converso com a minha liderança pra ajustar as pontas, porque assim eu sei que estou cumprindo, também, o propósito da Unimed.


Essa liberdade de conversar com as lideranças também foi algo que se criou nas reuniões que a FOURGE fazia com a gente. Sempre incentivaram a participação e o envolvimento de todas as pessoas no ikigai, da diretoria ao ‘operacional’ igual a mim. O meu cargo era o menor de todos, mas eu sempre fui respeitado e ouvido ali. E até hoje, quando a Unimed tem algum projeto que não está saindo do papel, me chamam para fazer parte.


A FOURGE realmente mudou a forma como a gente se relaciona. Claro que depois que o trabalho deles por aqui acabou, coube a nós manter essa cultura - e às vezes isso não é simples em um setor tradicional e hierarquizado como o de Saúde. Mas eu posso garantir que, passada essa experiência, quem vivenciou a transformação entendeu e manteve. E é essa a principal diferença que eu sinto em relação às outras consultorias que passaram por aqui: a FOURGE fez a gente entender que sem um propósito individual conectado ao coletivo, pouca coisa acontece dentro de uma organização.”



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